Área da odontologia que trata da tanatologia (investigação da identificação humana pós-morte e, no caso, dos problemas médico-legais com ela relacionados), a infortunística (ramo da medicina e do direito que estuda os acidentes do trabalhos e suas conseqüências) e a deontologia (o estudo dos princípios, fundamentos e sistemas de moral) em todos os seus aspectos, incluindo a ética.
A identificação humana pós-morte é uma das grandes áreas de estudo e pesquisa da Medicina e Odontologia Legal, pois as duas ciências trabalham com o mesmo material, ou seja, o corpo humano, em vários estados do pós-morte (esquartejado, dilacerado, carbonizado, macerado, putrefeito, em esqueletização e esqueletizado), sempre com o mesmo objetivo, ou seja, estabelecer a identidade humana.
O Odontolegista atua em todos os níveis periciais, e como tal, pode ser nomeado pelo Juiz para atuar em perícias criminais e civis, além de poder ser nomeado como assistente do réu ou da vítima.
A ciência avançou, a Odontologia Legal avançou
As técnicas de DNA abriram uma grande perspectiva para o dentista, porque até mesmo naqueles casos onde o vestígio humano é ínfimo, ele tende ser sempre ou quase sempre os dentes, pois eles são as peças mais resistentes do corpo humano. Sabemos que dentes resistem muito mais que outro tecido à degradação pós-morte e às variações de temperatura e pressão. Então, o dentista é constantemente chamado porque além da tradicional identificação de arcadas, que é rápida, simples e barata, ele tem a possibilidade de executar a identificação por meio dos exames de DNA das peças mais resistentes do organismo, os dentes.
A chegada do DNA na investigação em Odontologia Legal
Vimos por esses casos realmente históricos e em milhares de outros eventos (guerras, acidentes aéreos, incêndios, assassinatos acompanhados pela imprensa) que "análises odontológicas foram um determinante seguro na procura por identificação de restos humanos específicos nos últimos séculos. No final dos anos 80 - do século 20 - apareceu uma notável tecnologia que integra um fato curioso sobre o gênero humano, esmalte e odontologia legal, diz o dr. Harold Slavkin, do National Institute of Dental Research (NIDR), em Bethseda, Maryland, EUA.
Não somente as formas, contornos e tamanhos dos dentes humanos indicam o sexo biológico, avanços científicos recentes patrocinados pelo NIDR mostram que a mais importante proteína encontrada no esmalte humano - amelogenina - tem uma 'assinatura' diferente (ou tamanho e padrão da seqüência de nucleotídeos) no esmalte de homens e mulheres. A diferença no tamanho e padrão desse dois genes é bastante suficiente para ser usada como um determinante eficiente de sexo em amostras muito pequenas de DNA obtidas de esqueletos e restos humanos.
Confiável e barato, o método de identificação dentária permanece como o mais consistente, já nas situações onde registros dentários não são disponíveis as amostras de DNA são a estratégia ideal, o que se vê constantemente em casos de investigações criminais e jurídicas.
No passado, confiamos em impressões digitais, métodos odontológicos, radiológicos e patológicos para identificação, agora, em adição a esses métodos, as ferramentas da biologia molecular estão sendo usados com uma freqüência cada vez maior, e a identificação vem sendo baseada em tipificação de DNA, uma nova abordagem para a busca da identidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário