segunda-feira, 30 de maio de 2011

E N T R E V I S T A !

Rafaela Pino Gomes
________________________________________
Centro de Ciências Biológicas - CCB - UFSC
Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Aquática e Imunoquímica - LABCAI
Servidão Caminho do Porto S/N
Itacorubi - Florianópolis -SC
CEP: 88034-257
Fone: (48) 3721 - 6412

1- Qual a sua área de especialização?
R: Biotecnologia. Mais voltada para a pesquisa em Biologia molecular.

2- E o que fez você se especializar nessa área?
R: Primeiramente foi devido ao meu trabalho desenvolvido durante a minha graduação onde trabalhei com clonagem e sequenciamento de cepas específicas de Trypanossoma rangeli comparativamente com Trypanossoma Cruzi que é o causador da doença de chagas. E assim adorei trabalhar em pesquisa voltada para a parte molecular. Em seguida trabalhei em dois laboratórios direcionados a pesquisa molecular e bioquímica. Um em parasitas e outro voltado para pesquisas voltadas a vírus de camarão e biomarcadores de contaminação aquática e imunoquímica com ostras e peixes que é onde trabalho e desenvolvo meu projeto de pesquisa do mestrado. E assim, pude aprender mais técnicas e definir que essa seria a minha área de trabalho, pois adoro o que faço hoje.

3- O que é a Biotecnologia?
R: Biotecnologia é uma área ampla, onde se podem trabalhar desde animais, plantas, microrganismos, cultura de células entre outros, voltados para a pesquisa de desenvolvimento de métodos e produtos para diferentes meios, como por exemplo a indústria farmacológica, médica, agropecuária, bem como para a elucidação biológica e funcionalidade dos mais variados organismos. A biotecnologia é uma ferramentas da atualidade que nos fornece subsídios para entendermos o funcionamento da vida e nos permite modifica-la conforme a necessidade, através de manipulações químicas, moleculares e muitas vezes genéticas.

4- Você está fazendo alguma pesquisa?
R: Sim. Minha pesquisa é desenvolvida através de técnicas moleculares, onde busco a expressão de diferentes CYPs em ostras que serão submetidas a diferentes poluentes, como por exemplo esgoto doméstico, petróleo e alguns agrotóxico e possíveis fármacos.

5- Em que consiste sua pesquisa?
R: Na busca de diferentes sequencias genicas de diferentes cyps para que possa através destes encontrar algum Biomarcador de contaminação aquática, que futuramente possa permitir a sociedade e a órgãos governamentais o monitoramento de áreas poluídas.

6- No panorama de hoje, porque é interessante para a medicina se aprofundar nesses estudos de biotecnologia?
R: A pesar da minha pesquisa não ser voltada para a medicina, acredito que a biotecnologia é a porta de entrada para que possamos elucidar vários tipos de doenças que hoje ainda não foram completamente entendidas e descritas. Através desta área podem ser desenvolvidos e/ou aperfeiçoado, inúmeros fármacos e vacinas que possam curar tanto Seres Humanos como animais.  Não esquecendo da parte vegetal que pode tanto ser usada para a fabricação desses fármacos como complemento de diferentes tratamentos.

7- E o que são  CYPs?
R: Cyp é uma proteína conhecida como Citocromo P450, presente nos organismos vivos, responsável pelo metabolismo oxidativo, ou seja, é a quebra de compostos orgânicos, fármacos, diferentes tipos de poluentes ambientais, em moléculas menores para que assim, essas substâncias sejam eliminadas do organismo. Porém, em alguns casos a metabolização de algumas moléculas também podem gerar metabólitos mais tóxicos que a inicial, aumentando os efeitos tóxicos dos compostos, como por exemplo aumento do risco de câncer, defeitos no desenvolvimento embrionário, agravamento de intoxicação favorecendo a infecção por outros patógenos.

8- Quais os benefícios dessa sua pesquisa?
R: Com o aumento populacional, bem como a falta de comprometimento das pessoas com o meio ambiente, principalmente com os recursos hídricos, é de extrema importância o monitoramento da qualidade da água e avaliação dos efeitos tóxicos causados pela presença dos mais variados tipos de contaminantes, para que seja possível controlar e/ou desacelerar a provável escassez de água. E a busca por biomarcadores bioquímicos e moleculares é uma das linhas para se chegar a esse fim, pois estes permitem o estabelecimento de estratégias de remediação antes que danos irreversíveis ao ambiente aconteçam. Este trabalho busca contribuir para o desenvolvimento de indicadores de saneamento ambiental e saúde pública que possam ser utilizados na proteção e recuperação do ambiente aquático.

domingo, 29 de maio de 2011

TÓPICO FICHAMENTO

GINCANA -
FICHAMENTO 10

FRANZI1,S.A; CURIONI,O.A; CARVALHO,M.B; RAPOPORT.A.ESVAZIAMENTO CERVICAL SELETIVO NO TRATAMENTO DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ANDAR INFERIOR DA BOCA. REV. COL. BRAS. CIR



“O esvaziamento eletivo do pescoço é indicado quando o risco de metástases ocultas é de aproximadamente 20% ou maior, devido ao pior prognóstico relacionado à recidiva cervical, quando até 50% dos pacientes são inoperáveis por ocasião do diagnóstico1. A probabilidade de metástases ocultas e os níveis linfonodais habitualmente comprometidos estão bem definidos para os tumores primários dos diferentes sítios anatômicos das vias aerodigestivas superiores, permitindo o planejamento terapêutico a partir do estadiamento clínico da doença”. (PÁG. 321)

“O percentual de pacientes com pescoço falso-positivo foi similar ao percentual de falso-negativos. Aproximadamente um terço dos pacientes submetidos a um esvaziamento radical poderiam ter se beneficiado de um procedimento menos agressivo sem prejuízo do controle da doença. Uma taxa maior de casos falso-positivos foi relatada com doença clinicamente limitada ao nível I, sugerindo que o esvaziamento seletivo possa ser indicado nesta situação”.(PÁG. 321)

“A pesquisa do linfonodo sentinela ainda está em fase experimental na cabeça e pescoço. A identificação correta da primeira estação de drenagem exige treinamento específico e experiência do cirurgião21. Assim como o esvaziamento terapêutico tende a reduzir sua extensão, a proposta de esvaziamento eletivo deve naturalmente evoluir para a pesquisa do linfonodo sentinela, desde que seja confirmada a aplicabilidade deste conceito nos tumores das vias aero digestivas superiores. Outro aspecto que favorece a pesquisado linfonodo sentinela se relaciona ao possível efeito prejudicial da remoção dos linfonodos sobre a resposta imunológica, uma questão ainda não respondida22. Uma limitação do presente estudo se refere à possibilidade de micrometástases não detectadas no exame histológico rotineiro,porém o significado clínico destas micrometástases permanece incerto”.(PÁG.323)

“Mesmo na presença de metástases linfonodais, em casos selecionados, o esvaziamento dos níveis I a IV pode ser adequado no tratamento do carcinoma epidermóide do andar inferior da boca. A repercussão da redução do esvaziamento sobre o controle regional da doença deve ser avaliado em estudos especificamente desenhados, para definir quais pacientes podem se beneficiar com a redução da cirurgia bem como os critérios para a indicação de r adioterapia pós-operatória”.(PÁG. 323)

TÓPICO FICHAMENTO

GINCANA
FICHAMENTO  9-

PERUSSI,M.R; DENARDIN,O.V.P; FAVA;A.S; RAPOPORT,A.CARCINOMA EPIDERMÓIDE DA BOCA EM IDOSOS DE SÃO PAULO.REV ASSOC MED BRAS 2002; 48(4): 341-4.
“O câncer da boca é uma doença que afeta homens na 5ª e 6ª décadas de vida e está
associado aos hábitos de fumo e etilismo. Apesar do relato de uma elevação na incidência do câncer da boca, quando comparados os períodos de 1978-87 e 1988-97 (16,7% VS 24,3%), não há uma variação do número de casos novos, diagnosticados anualmente em nosso serviço, no mesmo período de tempo (69 novos casos/ano entre 1978-87 e 68 novos casos/ano entre 1988-97)”. (PÁG.343)

“O câncer é um processo de falta de controle da proliferação das células e existe indicação que a evolução da doença pode variar em conformidade com algumas características clínicas ou patológicas. Assim, existe uma possibilidade de que a evolução dos indivíduos que desenvolvem câncer em idade mais avançada seja diferente dos que são acometidos peladoença quando mais jovens amplos”.(PÁG.343)

“A modificação de hábitos culturais e sociais, aproximando os comportamentos feminino e masculino, levou a um aumento da ocorrência deste tipo de câncer em mulheres. Nos Estados Unidos, a proporção entre os sexos variou de 6:1 em 1950 até 2:1 em 19877. Em respeito às faixas etárias e o sexo, observou-se que 60,5% estavam contidos na população de menos de 60 anos, com uma a relação homem/mulher de 8:1. Já na idade de 60 e mais anos aferiu-se 39,5% da amostra e a relação homem/mulher foi3:1".(PÁG.343)

“A localização do sítio primário da lesão mostrou que o carcinoma epidermóide ocorreucom maior freqüência na língua (41%), língua e soalho bucal (30%), gengiva (13%), palato (12%) e região jugal (4%), resultados coincidentes com a literatura onde constatou-se o predomínio da língua como localização preponderante5,9,12,1".(PÁG.343)

"Quando foram analisados alguns parâmetros de evolução da severidade da doença,como o número de indivíduos que morreram antes do início do tratamento e o tempo de sobrevida dos pacientes, notase que não houve uma diferença entre os grupos de idade evidenciando um comportamento semelhante entre os dois grupos. Apesar da mediana de tempo de sobrevida ter sido igual nos dois grupos, deve-se ressaltar que a ausência da expectativa de diminuição do tempo de vida nos idosos, pelas complicações associadas ao processo de envelhecimento e a maior prevalência de doenças debilitantes, pode significar uma melhora na evolução desta doença nos pacientes mais velhos".(PÁG.344)









TÓPICO FICHAMENTO

GINCANA:
FICHAMENTO 8
Queiroz,r.c.s; Mattos,i.e; Monteiro,g.t.r; Koifman,s.Confiabilidade e validade das declarações de óbito por câncer de boca no Município do Rio de Janeiro. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(2):366-374, fev, 2009
“O câncer de boca, uma das dez neoplasias mais freqüentes em todo o mundo, apresenta taxas de incidência e mortalidade elevadas, se constituindo em um importante problema de saúde pública. Observa-se maior ocorrência de casos dessa neoplasia entre os homens (razão homem/mulher de 3:1) e na faixa etária de 50 a 59 anos (Ferley et al., 1998; Souza et al., 1996). A língua é sítio anatômico preferencial do câncer de boca, sendo o carcinoma de células escamosas ou espinocelular, o tipo histopatológico mais comum (Moore et al., 2000; Velly etal., 1998)”. (PÁG.1646)

“Entre os fatores de risco conhecidos, têm grande importância o tabaco e o álcool, que
apresentam efeitos sinérgicos no desenvolvimento do tumor (Blot et al., 1996; Mashberg ET al., 1993). Atividades ocupacionais que envolvem oportunidades de consumo de álcool (garçons, empregados de cervejarias) e a exposição a asbestos e fibras minerais têm sido associadas a um maior risco de desenvolver esta neoplasia
(Blot et al., 1996). Exposições à radiação solar (atividades ocupacionais na pesca e agricultura) têm sido relacionadas particularmente ao câncer de lábio (Gunnarskog et al., 1995;Jitomirski, 2000)”.(PÁG. 1646)

“O conhecimento do padrão de distribuição da mortalidade, segundo sítios anatômicos específicos dentro da cavidade oral, poderia contribuir para evidenciar os locais com maior ocorrência de lesões, possibilitando que fossem objeto de particular atenção durante a realização de exames clínicos. Foi observada uma concordância simples de 95,1% para a causa básica de morte por câncer de boca, com um kappa de 0,93 (IC 95%: 0,90- 0,95). O VPP foi de 96% (IC95%: 92,5-99,5), considerando as DOs cuja causa básica foi validada por exame histopatológico e/ou história clínica.Estes resultados indicam uma boa qualidade dos dados de mortalidade por câncer de bocano Município do Rio de Janeiro no ano de 1999”. (PÁG.1652)








TÓPICO FICHAMENTO

FICHAMENTO-7



Biazevic,M.G.H; Castellanos,R.A; Antunes,J.L.F; Crosato,E.M.Tendências de mortalidade por câncerde boca e orofaringe no Município de São Paulo, Brasil, 1980/2002.Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(10):2105-2114, out, 2006

“Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de boca e orofaringe são considerados os neoplasmas mais freqüentes de cabeça e pescoço, com cerca de 390 mil novos casos por ano 1. A designação comum de “câncer de boca e orofaringe” refere-se a uma categoria abrangente de localização de neoplasias com diferentes etiologias e perfis histológicos, embora majoritariamente se refira ao carcinoma epidermóide. Sua etiologia é multifatorial, integrando fatores endógenos, como a predisposição genética e fatores exógenos ambientais e comportamentais, de cuja integração pode resultar a manifestação do agravo. A doença afeta majoritariamente as pessoas com mais de 45 anos de idade e, internacionalmente, há muita variação inter e intra-regional de incidência 2.  (PÁG. 2105)

“Além de refletir o impacto diferencial dos fatores de risco, o estudo de mortalidade porneoplasias é influenciado por variações de quantidade e qualidade dos serviços de saúde. Níveis mais ou menos elevados de provisão, acesso e efetividade dos serviços de saúde podem propiciar condições mais favoráveis para a prevenção, para o diagnóstico precoce e redução de incapacidades, para a implementação dos recursos terapêuticos e um melhor prognóstico para os pacientes afetados. No entanto, o monitoramento destas dimensões, assim como o estudo da distribuição diferencial dos fatores de risco, é difícil de ser realizado em larga escala e período extenso”.(PÁG. 2106)

“No que diz respeito ao alcoolismo, sua participação no risco de neoplasias do trato aéreo digestivo superior foi descrita no Brasil não apenas como fator independente, mas como efeito de interação com o tabaco 26. Agravando o problema do álcool como fator de risco para câncer, estudos no país têm apontado maior prevalência de fumantes entre as pessoas submetidas ao consumo habitual de bebidas alcoólicas 27. Estas observações são compatíveis com a persistência de níveis mais elevados para homens da mortalidade por câncer de boca e orofaringe, uma vez que a prevalência de consumo de bebida alcoólicas em níveis potencialmente danosos à saúde foi descrita como sendo cerca de cinco vezes mais elevada em homens que em mulheres na cidade de São Paulo 28”. (PÁG.2112)

“Observou-se tendência global de incremento na mortalidade (coeficientes ajustados por sexo e grupo etário) por câncer de boca e orofaringe na cidade de São Paulo, sendo que o câncer de língua foi responsável por mais de um terço desses óbitos. A observação de elevada magnitude e tendência crescente para a mortalidade por câncer de localizações não especificadas da boca e orofaringe sugere necessidade de implementar medidas visando a antecipação do diagnóstico e a introdução precoce dos recursos terapêuticos disponíveis".(PÁG. 2112)

TÓPICO DE FICHEMENTO

FICHAMENTO 6-

NOGUEIRA,T; RÊGO, C .F .N; GOMES,K. R .O; CAMPELO,V.CONFIABILIDADE E VALIDADE DAS DECLARAÇÕES DE ÓBITO POR CÂNCER DE BOCA NO MUNICÍPIO DE TERESINA, PIAUÍ, BRASIL, NO PERÍODO DE 2004 E 2005.CAD. SAÚDE PÚBLICA, RIO DE JANEIRO, 25(2):366-374, FEV, 2009
“Em Teresina, Piauí, Brasil, no período de 1977 a 1981 a mortalidade por neoplasia era menor que as doenças infecciosas e parasitárias, doenças do aparelho circulatório, doenças do aparelho respiratório e causas externas 3. Nos anos 70 do século XX, as neoplasias apresentavam taxa de mortalidade de 40,2 mortes por 100 mil habitantes; na década de 1980, esta taxa foi de 40,9 mortes por 100 mil habitantes; em 2000, foi de 59 mortes por 100 mil habitantes em Teresina. No ano de 1995, a mortalidade por neoplasias aproximou- se da mortalidade por causas externas, perdendo apenas para as doenças do aparelho circulatório ”. (PÁG.366)

“Seus principais fatores de risco são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, alcoolismo, má higiene bucal e uso de  próteses mal-ajustadas. Além desses fatores, exposições ocupacionais a substâncias químicas específicas também têm sido apontadas como relacionadas às neoplasias de cavidade oral, tais como: formaldeído 8, fenoxi herbicidas e dioxinas 9. Evidências epidemiológicas mostram que exposição ao sol, infecções pelo papiloma vírus humano e vírus herpes simples também podem ser considerados fatores de risco para o câncer de boca 10. As taxas de incidência de câncer de boca são maiores se o indivíduo, além de tabagista, for alcoolista 11”.   (PÁG. 367)

“Constatou-se que morreram mais homens do que mulheres, acometidos por câncer de boca, com razão de 1,5 homem para cada mulher. Esse achado foi diferente do estudo realizado em 2002 no Rio de Janeiro onde essa razão foi 2 homens para cada mulher 15. Outra pesquisa sugere que o gênero influencia no retardo à procura por atenção médica, tendo em vista que a mulher percebe muito mais sintomas de doenças do que o homem, assim como procura mais intensamente soluções dentro ou fora do âmbito da medicinaconvencional, situação que proporciona um maior prolongamento de vida feminina 20”    (PÁG.372)

“As estatísticas de mortalidade por neoplasia de boca no Município de Teresina nos anos de 2004 e 2005 foram válidas e confiáveis. Foi observada uma concordância simples de 91,3% e coeficiente kappa de 0,84. O VPP correspondeu a 90,9%”.(PÁG.373)





sábado, 28 de maio de 2011

TÓPICO DE FICHAMENTO

GINCANA:
FICHAMENTO 5

SOUZA,R.M; LEHN,C.N; DENARDIN,O.V.P.NÍVEIS SÉRICO E SALIVAR DE IMUNOGLOBULINA A EM PORTADORES DE CÂNCER DA BOCA E OROFARINGE .REV ASSOC MED BRAS 2003; 49(1): 40-4


“As imunoglobulinas pertencem a classe das gamaglobulinas, proteínas plasmáticas que exibem propriedades imunológicas. Embora outras proteínas do soro possam participar dos fenômenos imunológicos, elas não apresentam o mesmo grau de importância das gamaglobulinas. As imunoglobulinas são classificadas, de acordo com suas características físico-químicas e biológicas, em cinco sub-grupos representados pelas letras A, D, E, G e M”.(PÁG.40)

“A IgA desempenha papel importante na neutralização e eliminação de antígenos locais e na modulação de fatores imunológicos teciduais ou humorais. Lehner4 estudou a participação da imunodeficiência celular intermediária no desenvolvimento do carcinoma oral demonstrando Ag associação entre modificações imunológicas e transformação carcinomatosa da leucoplasia”. (PÁG.40)

“Em indivíduos com câncer, a síntese de anticorpos pode estar comprometida ou exacerbada, na dependência dos mecanismos imunológicos envolvidos na proliferação de células tumorais, determinando elevação ou redução nas concentrações de frações das imunoglobulinas. O carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço apresenta deficiência imunológica caracterizada por alto grau de desordem na produção de células plasmáticas com reflexo na produção de imunoglobulinas.(PÁG.40)

“A imunoglobulina A é a forma isotípica dominante de gamaglobulina em todas as superfícies de mucosa e atua como um sistema de defesa, de primeira linha, contra a invasão microbiana. Este componente imunológico inibe a aderência dos microrganismos à superfície das células da mucosa e impede a penetração nos tecidos orgânicos. Ligase aos leucócitos polimorfo nucleares e pode também ativar a via alternativa do complemento, fornecendo um mecanismo extra de
proteção contra determinados fatores”. (42)

“O nível sérico de IgA não apresentou diferença entre os pacientes com câncer de boca e orofaringe e os indivíduos normais. A IgA salivar, medida por duasmetodologias diferentes, foi significativamente mais baixa nos portadores de câncer de boca e orofaringe quando comparados com os componentes do grupo controle”. (PÁG.43)



TÓPICO DE FICHAMENTO

GINCANA;
FICHAMENTO 4

Borges, F.T; Garbin ,C.A.S; Carvalhosa,A.A; Castro,P.H.S; Hidalgo,L.R.C;Epidemiologia do câncer de boca em laboratório público do Estado de Mato Grosso, Brasil.Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(9):1977-1982, set, 2008

“O câncer de boca é o quinto tipo de câncer em incidência em todo o mundo, sendo muito freqüente na Ásia (Índia, Cingapura e outros países da região) representando mais de 50% de todos os diagnósticos de câncer 1. Na Índia o câncer de boca é o tipo de neoplasia maligna mais incidente nos homens e ocupa a terceira posição entre
as mulheres . (PÁG. 1977)

“Estudos relacionam a associação entre o câncer de boca e a pobreza, onde os indicadores de mortalidade e morbidade são ruins nas áreas de baixo nível sócio-econômico 2. Sturgis 1, Oliveira et al. 3 e Carvalho et al. 4 destacam que as características culturais do povo, o nível sócio-econômico da sociedade e o grau de acesso ao tratamento e tecnologia nos serviços públicos de saúde determinam a variação da incidência do câncer de boca no mundo. Em países desenvolvidos, o
câncer de boca apresenta taxas de incidência e mortalidade menores quando comparados aos países em desenvolvimento” .(PÁG.1977)

“No Brasil, o câncer de boca representa  o quinto tipo de câncer em incidência entre os  homens e o sétimo entre as mulheres 5. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima para 2008 uma taxa bruta em homens e mulheres, respectivamente, de 11,00 e 3,88 casos novospor 100 mil habitantes  ”.(PÁG.1977)

“O sexo feminino predominou em 2005 com 58,3% dos diagnósticos de câncer de boca. No ano de 2006 o sexo que predominou foi o masculino com 71,8%. Este dado está próximo ao verificado na cidade do Rio de Janeiro por Leite & Koifman 7 entre 1996 e 1997. Vários estudos que indicam o sexo masculino o mais acometido pelo câncer de boca 1,5,15,17 “.(PÁG. 1979)

“Neste estudo os dados epidemiológicos mostraram a assimilação, por parte das unidades de saúde, do serviço de patologia bucal do MT Laboratório, que aumentou sua rotina em 269%. O registro do câncer de boca no MT Laboratório aumentou em 266% entre 2005 e 2006. Os homens em idade produtiva foram os mais acometidospelo câncer de boca. A maioria dos pacientes procedia do interior do estado. Conclui-se com este estudo que em dois anos de funcionamento o serviço público de patologia registrou um considerável número de casos de câncer de boca”. (PÁG.1981)

TOPICO FICHAMENTO

GINCANA
FICHAMENTO 3-
SANTOS ,L . C .O; BATISTA ,O .M ; CANGUSSU , M.C. CARACTERIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO TARDIO DO CÂNCER DE BOCA NO ESTADO DE ALAGOAS. BRAZILIAN JOURNAL OF OTORHINOLARYNGOLOGY 76 (4) JULHO/AGOSTO 2010
“É através da epidemiologia que se pode afirmar que o câncer bucal é uma doença de alta incidência no mundo que vem sendo considerada como problema de saúde pública e que a prevenção e o diagnóstico precoce constituem as melhores formas de reverter essa situação”.(PÁG. 417)

“O diagnóstico precoce é dificultado pelo fato de que as lesões iniciais, geralmente assintomáticas, não são valo­rizadas pelo próprio indivíduo e nem pelos profissionais de saúde, sugerindo falta de conhecimento da patologia, deficiência na procura de atendimento médica por parte do indivíduo e/ou do acesso e qualidade da assistência à saúde, fator este ligado a uma ausência de programas governamentais que visem à prevenção e de um sistema de saúde eficiente. (PÁG.417)

“O sítio anatômico mais acometido foi a língua, seguida do palato mole, resultados coincidentes com a literatura onde se constatou o predomínio da língua como a localização mais freqüentemente atingida15,18,19, porém divergentes dos apresentados por outros autores25,26”. (PÁG.420)

“Foi possível observar uma larga maioria de pa­cientes com tumor em estádio clínico avançado, sendo classificados como T3 ou T4, resultado este coincidente com os de alguns autores9,12, comprovando que os pa­cientes quando chegam aos serviços de saúde, a doença se encontra em um estágio avançado”.(PÁG.420)
“Conforme mostram diversos autores4,27,28,29, o tempo decorrido entre a percepção dos sintomas e o diagnóstico e tratamento corretos interfere na evolução e no prognós­tico dessa doença e também na qualidade de sobrevida dos pacientes”.(PÁG.420)
“Os pacientes mais atingidos foram do gênero masculino, melanoderma, faixa etária acima dos 60 anos, trabalhadores rurais, tabagistas e etilistas.(PÁG. 421)
“O atraso no diagnóstico do câncer de boca ocorreu mais pela ignorância por parte dos pacientes, que pelos profissionais, apesar de ter sido detectado um índice sig­nificativo em relação ao desconhecimento e despreparo do profissional em relação às lesões suspeitas da boca, o que dificulta o encaminhamento dos paciente.(PÁG. 421)
“O pouco conhecimento sobre a doença entre pa­cientes e profissionais de saúde, o medo do diagnóstico e as dificuldades para acessar o sistema de saúde são causas importantes para o atraso no diagnóstico. Os pacientes, algumas vezes, são descritos pelos profissionais como os responsáveis pela doença. Os profissionais de saúde são fundamentais no diagnóstico do câncer bucal e devem ter consciência dessa responsabilidade e não culpar os pacientes pelo atraso no diagnóstico. É preciso não só conhecimento, mas atitudes positivas, valores pessoais, habilidades no relacionamento, domínio psicológico e autoconfiança como subsídio ao sucesso do tratamento”.( PÁG. 421)


TOPICO DO FICHAMNETO

 GINCANA:
FICHAMENTO 2-




REZENDE,C.P ; RAMOS,M.B ; DAGUÍLA,C .H; DEDIVITIS, R.A; RAPOPORT,A. ALTERAÇÕES DA SAÚDE BUCAL EM PORTADORES DE CÂNCER DA BOCA E OROFARINGE. REV BRAS OTORRINOLARINGOL  2008;74(4):596-600.
“Os dois principais fatores de risco relacionados ao câncer da boca são o hábito de fumar e o consumo exces­sivo de bebidas alcoólicas. Existe um efeito sinérgico entre esses fatores e uma relação diretamente proporcional com a quantidade e tempo de exposição. Entretanto, outros fatores têm sido associados ao desenvolvimento do câncer da boca e orofaringe, incluindo agentes biológicos, como o papiloma vírus humano (HPV), higiene oral precária, história pregressa de neoplasia do trato aerodigestivo e exposição excessiva à luz ultravioleta (câncer do lábio). A grande maioria dos cânceres de boca é diagnosticada tardiamente. Para um diagnóstico precoce, está indicado o auto-exame ou o exame periódico por profissionais”.(PÁG.597)

”As recomendações nacionais indicam que sejam estimuladas a higiene oral e visitas regulares ao dentista como medidas de prevenção. O exame clínico cuidadoso da boca deve ser realizado em todas as consultas, mesmo que a queixa  induzida por uma reação inflamatória que leva a um colapso dos tecidos de suporte do dente. A manuten­ção do equilíbrio entre o sistema de defesa do hospedeiro e os microorganismos no sulco gengival é essencial para preservar a saúde. Apoptose e proliferação são fenômenos importantes para regulação dessas atividades e a perturba­ção desse sistema muitas vezes está associada a doenças como câncer, SIDA e artrite reumatóide”(PÁG. 600)

“O melhor meio de combater o câncer oral é a pre­venção, através do diagnóstico precoce e da tentativa de eliminação dos fatores de risco. O insucesso observado nos programas de redução do uso de álcool e tabaco justifica que outros fatores coadjuvantes sejam avaliados e, na medida do possível, modificados. A educação em saúde, através de programas que visem à valorização das ava­liações periódicas e a importância do exame da cavidade oral são as maiores armas disponíveis para diminuir a alta ocorrência do câncer oral em nossa comunidade”(PÁG.600)

TÓPICO FICHAMENTO DE 10 ARTIGOS

GINCANA:
FICHAMENTO 1-


BORGES,D .M .L; SENA, M .F; FERREIRA,M .A .F; RONCALL I,A .G.MORTALIDADE POR CÂNCER DE BOCA E CONDIÇÃOSÓCIO-ECONÔMICA NO BRASIL.CAD. SAÚDE PÚBLICA, RIO DE JANEIRO, 25(2):321-327, FEV, 2009


“O câncer é uma enfermidade crônica degenerativa que apresenta um crescimento desordenado (maligno) de células, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. O termo “câncer oral” pode ser encontrado na literatura como sendo todos aqueles tipos de cânceres localizados na cavidade oral, incluindo a orofaringe, apresentando, como sítios anatômicos, de acordo com a Classificação Internacional das Doenças – CID, a base da língua (C01), outras partes não especificadas da língua (C02), glândulas salivares (C07/C08), gengiva (C03), assoalho da boca (C04) e palato (C06) 1”.  (PÁG321)

“A etiologia dessa neoplasia é multifatorial e, apesar de todo o avanço tecnológico obtido até o momento, os agentes etiológicos para o câncer ainda são uma incógnita. Dentre os fatores de risco do carcinoma oral, pode-se citar os extrínsecos– as substâncias químicas (tabaco, álcool), agentes físicos (traumas mecânicos) e biológicos – e os intrínsecos, que correspondem aos estados sistêmico ou geral do indivíduo 4. Como fatores de proteção, alguns estudos observaram que o consumo de frutas e de vegetais consiste em medidas efetivas contra o câncer oral “.(PÁG. 322)

“No presente estudo, os dados encontrados são aparentemente contraditórios, posto que um dos indicadores que aferiu a desigualdade social (mortalidade infantil) apresentou uma correlação inversamente proporcional com o índice de mortalidade por câncer oral, enquanto que o índice de gente  não mostrou qualquer correlação. No entanto, considerando que a exclusão social é um achado comum em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento e, conseqüentemente, a baixa esperança de vida ao nascer justifica os resultados, na medida em que o risco de morrer por câncer aumenta com a idade, atingindo valores máximos em torno dos 50-69 anos 16”. (PÁG.324)

“Um maior desenvolvimento sócio-econômico e o conseqüente aumento da esperança de vida parecem justificar a correlação entre a mortalidade por câncer e altos indicadores sociais. No entanto, devem-se considerar as limitações próprias de um estudo do tipo ecológico, além dos sub-registros verificados nas capitais menos Desenvolvidas”. (PÁG.325)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Odontogeriatria

                                             
Odontogeriatria é uma especialização da Odontologia que cuida da saúde bucal de idosos, prevenindo e tratando os problemas comuns a essa faixa etária. Trata-se de uma nova especialidade odontológica. A sua existência atual se deve principalmente a dois fatos: primeiro o número de idosos aumentou muito (diversos fatores tais como a medicina moderna e a prevenção aumentaram muito a sobrevida da população); e, em segundo lugar, os idosos têm mais dentes.

Diversos perguntam da necessidade da Odontogeriatria, por que não o clínico geral tratar os idosos? Eis aqui algumas justificativas:

1 - Problemas bucais comprometem sistema digestivo do idoso e saúde sistêmica
2 - Falta de dentes aumenta chances de morte por câncer, infarto e derrames cerebrais
3 - O seguinte artigo contém tabelas de doenças sistêmicas prevalentes no idoso que deveriam ser de conhecimento dos dentistas: Interferência do perfil epidemiológico do idoso na atenção odontológica
4 - O conhecimento da necessidade de proceder a profilaxia antibiótica em casos específicos justifica um conhecimento maior do CD especialista em idosos. Ou seja, um dentista desavidado pode levar a bacteremias com consequencias importantes ao idoso.
5 - Mudanças da boca com o envelhecimento:
Diversas são as mudanças que ocorrem com o envelhecimento em todo o organismo. Na boca podemos notar que, entre outras coisas que:
  • As mucosas ficam mais sensíveis e finas.
  • As colorações dos dentes podem mudar.
  • Pode ocorrer a diminuição da quantidade de saliva, geralmente devido à efeitos colaterais de medicamentos causando a secura na boca, conhecida como Xerostomia.
  • Diminuição na percepção dos sabores o que pode levar ao alto consumo de temperos na alimentação e agravar problemas como diabetes e pressão alta.
                                                 
Problemas mais comuns em idosos:            
Os dentes são perdidos principalmente devido à cárie e a doença periodontal (inflamação do tecido ao redor do dente). Essas doenças ocorrem quando existe a união de alguns fatores como: má higiene oral, restos alimentares, bactérias, etc. Essa união gera substâncias que atacam os dentes e a gengiva provocando as doenças.
 Como ter uma boca saudável na Terceira Idade para manter a qualidade de vida?
A saúde bucal é essencial para manter a qualidade de vida em todas as etapas da vida e é na terceira idade que os cuidados odontológicos se tornam importantes, pois tem a ver com o conforto, a socialização e a auto estima.
O idoso deve consultar um dentista para que avalie sua condição bucal, e no caso da “boca seca”, sejam recomendados produtos que promovam bem estar!!!

                                   

     
        Oferecer um sorriso torna feliz o coração!
                                                                                          
                                                                                                                          Amanda Alencar